Já
percebeu como muitas vezes nos sentimos satisfeitos com coisas “mais ou menos”
em nossas vidas? Se seus amigos não são os melhores, tudo bem, ao menos tem
alguém pra chamar de amigo. Se seu caso, flerte, namoro - ou o que quer que
seja – está morno, tudo bem, ao menos não está sozinho (a). Mas até que ponto
vale a pena insistir no “mais ou menos”? Porque achamos tão difícil querermos o
melhor. E quando digo “melhor” não estou falando do homem mais bonito, nem da
garota mais popular, estou falando do que nos faz bem. Muitas vezes, somos
bombardeados por críticas, até mesmo de nossos amigos, que insistem em achar
que sabem o que é melhor pra gente. Ok, eles até têm uma noção, mas a única
pessoa que sabe ao certo o que é realmente bom somos nós mesmos. Se não sabemos
que tipo de pessoas gostaríamos de namorar, que tipo de amigos gostaríamos de
ter, está na hora de refletirmos mais sobre nossa existência nesse mundinho.
Eu sempre
fui desses que cultivou o “mais ou menos” na vida. Se eu estava com alguém que
não achava bonito pensava logo que valia a pena somente por estar com alguém.
Sempre insisti em amizades furadas, que mesmo que eu via que no fundo éramos no
máximo ex-colegas, eu apostava minhas fichas na pessoa e a chamava fácil de
amigo. Acho que precisei envelhecer, crescer ou o que quer que seja pra ver que
essas duas coisas são muito mais complexas. Hoje penso duas vezes em chamar
alguém de amor ou amigo.
E aos
poucos fui melhorando também minha autoestima e vendo que eu mereço o melhor,
mas o melhor pra mim, independente do que digam ou do que pensem a meu
respeito. E mais do que amigos e amores, eu busco o melhor pra minha vida. Hoje
num me contento mais se perdi 10 quilos, eu quero é perder mais 10, eu quero e
posso chegar ao corpo que eu sempre almejei.
Por isso,
eu acredito que acima de tudo você deva parar de ter dó de si mesmo e exigir
sempre mais, para que consiga sempre o melhor. Porque se contentar com um cara
que te liga uma vez na semana se pode ter um que te mande mensagem a cada meia
hora? Porque insistir em algo que começou errado. Afinal, tudo que começa
errado tende a terminar pior ainda; se os grandes amores têm finais trágicos, o
que te faz crer que aquele carinha que te manda mensagens só aos domingos será
seu amor eterno? Porque chamar de amigo qualquer pessoa que você encontra pela
rua ou que vai com você em qualquer balada? Amigo é mais, e não precisam ser
muitos, se couber nos dedos de uma mão, fique feliz. O amigo de fato vai te
procurar naquele dia mais banal, te chamar pra bater papo na padaria da
esquina, ou vai se contentar de beber em casa, só vocês dois, porque o que vale
é a companhia.
Bom,
minha dica pra hoje é que você lute por coisas de fato boas, não se contente
com o que “serve”. Porque o comodismo nos leva a crer que a satisfação está no
fato de apenas conseguirmos, mas não nos deixa ver que conquistar é muito
melhor e que a estrada, independente de quão longa seja, pode ser mais bonita
no final do que no meio.